Falta pouco para que a Black Friday, uma das datas mais importantes do varejo volte a bater na sua porta e, definitivamente, aproveitar esta chance ou simplesmente deixá-la passar depende exclusivamente de quanto tempo/esforço você e sua equipe empregaram na preparação (ainda é possível). Confira alguns números e insights da pesquisa realizada pelo Google/ Provokers e comece agora a construir – ou evoluir – sua estratégia de vendas.
O que esperar da Black Friday 2017?
De acordo com o estudo, a Black Friday se tornou a segunda data sazonal mais importante do Brasil, atrás apenas do Natal. Com sua posição consolidada no calendário do varejo, o dia dos descontos imperdíveis já faz parte da vida do brasileiro: 71% dos entrevistados afirmam já terem comprado na Black Friday, e a participação do público só tem aumentado a cada ano.
Ainda segundo o estudo, a Black Friday deste ano, que acontecerá em 24 de novembro, deve somar R$ 2,2 bilhões em vendas pela internet, com um crescimento estimado entre 15% e 20%. Em 2016, o faturamento foi de R$ 1,9 bilhão, segundo o e-Bit.
Em 2017, nada menos que 68% dos entrevistados declararam sua intenção de fazer compras na próxima Black Friday, 7% mais pessoas que no ano passado, quando 61% pretendiam prticipar.
E a Black Friday está se diversificando. As grandes categorias continuam fortes na data, mas a variedade de produtos comprados vem crescendo e no último ano aumentou de 3,4 para 3,9 itens.
Apesar da grande maioria dos entrevistados afirmar que conhece a data e já comprou na Black Friday, as marcas não devem confiar apenas da memória e na intenção do público. Anunciar continua sendo muito importante, e a pesquisa mostra que divulgação no próprio site, e-mail marketing e campanhas on-line têm um grande impacto sobre a audiência.
No entanto, não podemos deixar de notar que diferentes categorias se comportam de maneiras distintas, quando analisamos os principais pontos de contato com o consumidor. Os consumidores que compraram móveis, por exemplo, relatam que a mídia de TV foi importante na decisão, porém em todas as demais categorias, os canais digitais são decisivos na hora da venda.
Comprando por impulso ou planejando e esperando os descontos?
Por um bom tempo, o mercado pensou que no Brasil a Black Friday era vista como uma antecipação das compras de fim de ano. Sim, mas não para todo mundo. Para 33% dos entrevistados, ela é o momento de comprar algo que se desejava há tempos, para 25% é uma compra de abastecimento e 17% revelam que suas compras na data são por impulso.
Além disso, observamos que o público começa a fazer pesquisas sobre os produtos para comprar na Black Friday cerca de 15 dias antes da data. E, embora 79% das pessoas afirmem ter comprado na própria sexta-feira, 21% afirmam que compraram na quinta-feira ou no final de semana.
No site ou na loja?
Nas edições anteriores da Black Friday, 91% dos entrevistados pesquisaram on-line, sendo que 84% também compraram on-line. Para a Black Friday 2017, 80% das pessoas declararam que preferem tanto pesquisar quanto comprar pela internet, 7% a mais que em 2016.
E, mesmo quando as compras são feitas em lojas físicas, a presença da marca on-line tem um papel fundamental: 65% das pessoas que compraram em lojas físicas usaram o smartphone para consultar informações sobre aquilo que estavam comprando.
Quem é quem na Black Friday?
Além de responder questões de comportamento, os entrevistados também foram convidados a analisar uma lista de afirmações sobre a data e atribuir valores de um a sete, de acordo com o quanto aquilo é verdadeiro para eles. Com base nas respostas, observamos que o público da Black Friday se divide em cinco perfis: descrentes, inseguros, participativos, empolgados e apaixonados. O grau de engajamento de cada perfil está altamente relacionado com seu interesse pela data.
Entender que o comportamento geral do público durante a Black Friday é cheio de nuances e observar as características de cada perfil dentro desse grande grupo que chamamos de “os consumidores”, pode trazer grandes insights e a oportunidade de se comunicar de forma mais diferenciada para impactar cada um dos grupos de um jeito que seja relevante para eles. Confira a seguir:
Confiança é a alma do negócio
Em geral, o comportamento do consumidor não muda drasticamente de um ano para outro, mas observamos uma tendência na qual as marcas devem prestar bastante atenção quando forem pensar suas campanhas para a Black Friday.
No ano passado, o principal fator na hora de escolher uma loja era preço, seguido de opções de parcelamento. Em 2017, isso mudou. Preço continua sendo o principal atributo na hora da decisão, porém confiança na loja e confiança na marca aparecem logo depois na lista. Diferente de 2016, o pagamento parcelado não está entre as principais preocupações dos consumidores e aparece apenas em quarto lugar, depois de frete.
A partir desses dados concluímos que, mais do que nunca, o varejo e as marcas precisam ser transparentes na hora de estabelecer e anunciar seus descontos. O brasileiro dá sinais claros de que está recuperando a confiança no comércio (em setembro de 2017 o Índice de Confiança do Consumidor – ICC atingiu o patamar de 82,3 pontos) e que acredita na Black Friday como um momento propício para dar atenção às necessidades adiadas e – por que não? – realizar alguns sonhos de consumo.
Sua empresa está preparada para aproveitar essas oportunidades?