As buscas estão mudando com certa velocidade. Os resultados têm se tornando cada vez mais personalizados, e há uma preocupação por parte dos mecanismos de entender com mais profundidade a intenção de busca de cada usuário. Todas as atualizações do Google apontam que ele quer se tornar ainda mais indispensável aos usuários, quer dar respostas antes mesmo de ser questionado e quer poder fazer parte da vida privada de cada indivíduo. Mas não sabemos o caminho que fará para chegar lá, e se tudo isso vai funcionar mesmo, e se é este mesmo o plano afinal. Só nos resta supor qual será o futuro das buscas. Mas uma coisa é certa: o objetivo não é mais estar na primeira posição, mas em primeiro lugar.
Atualmente, conforme Peter Meyer, Marketing Scientist na Moz, somente 15% das páginas de resultado do Google são aquelas com uma lista de 10 links azuis com as quais estávamos acostumados. Nos slides abaixo, Meyer apresenta 85 diferentes formatos de páginas de resultado. Importante deixar claro que algumas atualizações ainda não estão disponíveis no Brasil, mas estão chegando.
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Busquei alguns exemplos que ilustram um pouco mais isso tudo. A busca pelo termo “restaurante são paulo” resulta nos clássicos 10 links azuis, mas também apresenta resultados pagos, o que faz com que o primeiro resultado orgânico passe a ser o quarto, na verdade. Já o termo “pizzaria sp” empurra o primeiro resultado orgânico ainda mais para baixo, depois de 7 resultados locais e ainda um mapa bastante chamativo. Assim, o resultado “bem posicionado” some do campo de visão de quem caba de fazer uma busca, ficando bem abaixo, em 8ª posição.
Não é difícil concluir que estar na primeira posição orgânica pode não significar mais muita coisa. Deve-se pensar além do site. Levar em consideração outros produtos Google como Google Places, Google Shopping, Google+ e Google Finder pode ser uma boa estratégia.
Peter Meyers inclusive faz alguns questionamentos sobre o objetivo dos esforços de SEO, afinal, o que queremos atingir é bom posicionamento para aí então gerar vendas? E se o foco estiver diretamente nas vendas?
SEO faz parte do marketing digital, são coisas que não podem ser vistas separadamente. Além disso, o projeto de SEO deve guiar a estrutração e desenvolvimento de um site, para pensá-lo como um ambiente claro ao usuário e também para o mecanismo de busca. Meyers nos faz pensar: e se a busca deixar de existir, todo o nosso trabalho será em vão? Não se as estretégias forem pensadas com um foco além da busca.
