Entre as diversas estratégias de promoção de marca, ter um bom website, com suporte multilíngue, tornou-se uma das principais ferramentas de divulgação e expansão de negócios. Os fatores são óbvios: baixo custo e facilidade de acesso, sem limite de espaço. Mas como ficar bem posicionado nos mecanismos de busca em diferentes países? Todo site multilíngue precisa de uma estratégia de SEO multilíngue.
Utilizando as melhores práticas de segmentação geográfica, aliadas a uma boa estratégia de link Building internacional, é possível obter um bom posicionamento nos mecanismos de busca de cada país. Para tanto, é importante que você considere quais elementos os buscadores, como o Google, consideram para identificar o “destino” de cada site. Entre os principais elementos, destacam-se:
Estrutura de domínios e URLs
Levando em consideração os elementos acima, avalie a possibilidade de usar uma estrutura de URL que facilite a segmentação geográfica de determinadas partes do seu site, para cada região correspondente. A tabela abaixo descreve as principais opções:
DOMÍNIO | EXEMPLO | VANTAGENS | DESVANTAGENS |
ccTLDs | example.ie | – Segmentação geográfica clara; – Localização do servidor irrelevante; – Fácil separação de sites. | – Caro (e pode ter disponibilidade limitada); – Requer mais infraestrutura; – Requisitos de ccTLD restritos (às vezes). |
Subdomínios com gTLDS | de.example.com | -Fácil configuração; – Pode usar a segmentação geográfica das Ferramentas do Google para Webmasters; – Permite localizações de servidores diferentes; – Fácil separação de sites. | – Os usuários podem não reconhecer a segmentação geográfica apenas a partir da URL (“de” faz referência ao idioma ou ao país?). |
Subdiretórios com gTLDs | example.com/de/ | – Fácil configuração; – Pode usar a segmentação geográfica das Ferramentas do Google para Webmasters; – Pouca manutenção (o mesmo host). | – Os usuários podem não reconhecer a segmentação geográfica apenas a partir da URL; – Único local de servidor; – Maior dificuldade para separar websites. |
Parâmetros de URL | site.com?loc=de | – Não recomendado. | -Dificuldade de segmentação baseada em URL; – Os usuários podem não reconhecer a segmentação geográfica apenas a partir da URL; – A segmentação geográfica das Ferramentas do Google para Webmasters não é possível. |
SEO multilíngue para um país específico
A segmentação de conteúdo para um pais especifico é utilizada pelo Google para melhorar a qualidade dos seus resultados de pesquisa em países diferentes. Confira algumas dicas básicas para segmentar seu website para um pais especifico:
– Utilizar um ccTLD especifico do pais para seu domínio (ex.: .com.ar);
– Hospedar o website localmente;
– Incluir endereço físico em texto nas paginas do website;
– Confirmar endereço no Google Maps;
– Consiga links de websites do pais;
– Utilizar o idioma local no website;
– Planejamento de SEO específico.
Atenção especial a seu(s) domínio(s)
Adquirir domínios ccTDL (do inglês country code top-level domain) é uma das melhores opções para segmentação geográfica, mas nos deparamos com algumas barreiras, por exemplo, possuir presença física em determinado país e não dispor de verba para custear a demanda. Esses domínios são considerados de nível superior, com o código do país. Por exemplo: globalad.com.br. Os mecanismos de busca reconhecem esse domínio como padrão para o Brasil.
Também é possível usar um domínio genérico de primeiro nível gTLDs (generic top-level domain) que não são direcionados a países específicos e possibilitam a segmentação geográfica através da ferramenta de webmaster tools. Se o seu site tiver um domínio desse tipo (ex: .com ou .org) e o público-alvo em uma localização geográfica específica, você deve fornecer informações que ajudem os mecanismos de busca a determinar onde e como o seu site vai aparecer nos resultados de pesquisa.
Então, o primeiro passo da estratégia de SEO multilíngue seria adquirir um domínio genérico de primeiro nível. Vamos considerar que seu objetivo seja trabalhar o posicionamento de marca em três países: Estados Unidos, Alemanha e Itália. Abaixo relacionamos as duas principais abordagens de acordo com essa estratégia.
Subdomínos ou subpastas?
Utilizar subdomínios ou subpastas no seu site, de acordo com os países onde sua empresa deseja atuar, são as práticas mais recomendadas se você possui um domínio genérico, dependendo do tamanho e da escala das suas operações nos novos países e da autoridade estabelecida pelo seu domínio .com.
Vamos supor que você tenha equipes locais fortes, o lançamento de websites locais independentes, direcionados geograficamente, conforme descritos anteriormente, é uma jogada inteligente a longo prazo.
Por outro lado, se o seu setor de marketing, relações públicas e operações atender apenas seu domínio principal, talvez seja interessante criar versões localizadas de seu conteúdo em subdomínios de países específicos. Exemplo: de.dominio.com, it.dominio.com ou em subpastas domínio.com/de/, domínio.com/it/, dando sempre preferência ao uso do subdomínio para que você possa estabelecer uma hospedagem local.
Observamos algumas vantagens quando se utiliza subdomínio: a possibilidade de hospedagem local e segmentação pela ferramenta de webmaster. No caso das subpastas, há uma limitação geográfica nas aplicações e, toda a autoridade se concentra no domínio.
Os mecanismos de busca consideram a hospedagem e os ccTLDs, junto com a localização geográfica de fontes em links externos, como sinais mais fortes do que o simples direcionamento manual nas ferramentas de webmaster.
Problemas relacionados a vários idiomas e região
Como você vai oferecer conteúdo traduzido ou segmentado para usuários de uma determinada região ou país. A tendência é que esse conteúdo seja semelhante, com apenas algumas variações regionais.
Nesse caso os mecanismos de busca recomendam a utilização das notas rel=”alternate” hreflang=”x”, que ajudam os buscadores a reconhecerem a URL regional ou idioma correto, de acordo com a localização e origem de cada usuário.
Como usar rel=”alternate” hreflag= “x”
Suponhamos que você tenha uma página em português hospedada em http://www.example.com/ com uma alternativa em espanhol em http://es.example.com/. Você pode indicar ao Google que a URL da página em espanhol é equivalente a URL da página em português de duas maneiras:
Elemento do link HTML
Na seção <head> do HTML de http://www.example.com/, adicione um elemento de link que direcione para a versão em espanhol da página em http://es.example.com/, da seguinte maneira:
<link rel=”alternate” hreflang=”es” href=”http://es.example.com/” />
Cabeçalho do HTTP
Se você publicar arquivos não HTML, como PDFs, poderá usar um cabeçalho de HTTP para indicar uma versão de idioma diferente da URL:
Link: <http://es.example.com/>; rel=”alternate”; hreflang=”es”
Se você tem versões em diversos idiomas, cada página deve usar rel=”alternate” hreflang=”x” para identificar as versões em outro idioma.
Valores de hreflag suportados
O valor do atributo hreflang identifica o idioma (no formato ISO 6391-1) e, opcionalmente, a região (no formato ISO 3166-1 Alfa 2) de uma URL alternativa. Por exemplo:
– de: conteúdo em alemão, independente da região;
– pt-BR: conteúdo em português para usuários do Brasil;
– de-ES: conteúdo em alemão para usuários da Espanha;
Conclusão
A decisão do domínio e das URLs que serão utilizadas na estratégia de SEO internacional, irá impactar diretamente na classificação dos resultados dos mecanismos de busca específico de cada país. Agora você está ciente da importância das URLs para obter sucesso de encontrabilidade internacional, lembre que o domínio e as URls são apenas uma questão de SEO entre as dezenas de estratégias que devemos abordar para gerar Search performance.
Pense nesses detalhes como ponto de partida e organize seus domínios e subdomínios. Ficou com alguma dúvida? Deixe seu comentário e ajudamos você!